O Parque é como o Ayrton Senna: é o melhor, mas na chuva a diferença se acentua.
Mais uma vitória, fechando um mês glorioso de invencibilidade. Matamos o jogo por duas vezes (3 a 1 e 4 a 2) e poderíamos ter matado ainda mais, tanto que o final foi apertado.
No primeiro tempo, apesar do lamaçal do campo do Benfica, tiramos da cartola algumas excelentes jogadas e poderíamos tranquilamente ter goleado.
João estava tentando conduzir a bola como de praxe, mas o campo pesado dificultava. Estava sempre dando errado, mas pelo menos catou um escanteio. E escanteio para o Toni não é bola na área, é oportunidade de passe. E foi isso que ele fez: deu uma assistência na cabeça do soberano Lucas Biazus, que preferiu usar o olho e a orelha para voltar para o hall onde sempre esteve presente dos artilheiros do time: 1 a 0.
Poucos depois os adversários empataram. O Parque continuava atacando em bloco, e numa cobrança de falta o goleiro adversário rebateu a bomba de Rodrigo e Marcelo guardou mais um: 2 a 1.
Já na metade final, Diego (que deve ter habitado os pesadelos dos adversários de tanto que os incomodou) fez boa jogada pela direita e cruzou na medida para João que só precisou pular e encostar a bola para o gol: 3 x 1.
O jogo parecia estar acabado, mas a equipe 23 de Setembro encostou novamente: 3 a 2.
Aí que num lance que sintetizou todas as boas qualidades que uma camisa 10 deve vestir, Rodrigo driblou, dividiu, conduziu e deu um passe milimétrico para João que teve calma e categoria para se livrar do zagueiro lavador de jogador cortando para dentro e chutando no canto do goleiro: 4 a 2.
Pela segunda vez o jogo parecia estar morto. E era exatamente o que passava no consciente coletivo da nossa equipe: o lado bom disso foi que passamos a valorizar a posse de bola; o ruim, que deixamos de matar a partida que já parecia morta. E ninguém avisou ao o time do 23 de Setembro que havia acabado o jogo e os caras fizeram mais um.
A partir daí tivemos mais uma oportunidade de mostrar nossa categoria num grande diferencial da várzea: dar dedo para frente. E foram vários. Como se não bastasse, Edo fez alguns milagres de praxe, Egídio pediu o fim do jogo aos 28 minutos, Rato nos deu algumas emoções extras e o Norbert quase teve um AVC e quase fez o time perder os tímpanos (guerreiro medieval!). Tudo colaborou para seguramos os perigos finais e consagrarmos a merecida vitória.
O “plus a mais” é a análise feita pelo Rodrigo (o Xândi fez uma impagável esses dias também no jogo contra o Arsenal).
Ei-la: Edo Muslera, sempre firme, transmitindo segurança para o restante do time.
Caduna Alves, apoiou muito bem durante varias situações no jogo e acabou prejudicado pela atitude anti-desportiva do adversário.
Fernandinho Sorín, participou bastante do primeiro tempo com ótimos lançamentos ao João e ao Diego, acabou prejudicado também por aquele lado que tava virado em lama, consequentemente cansando mais que os outros.
Egidio Beckenbauer, deu um pique memorável na lateral esquerda para cobrir o Fernandinho, ganhou do cara na corrida, acho que naquele pique tinha no mínimo uns 35 anos de diferença.
Norbert Lugano, sempre seguro na zaga, ganhou praticamente todas as disputas e jogou sério.
BiaLúcio, devido a pouca quantidade de atletas teve que voltar a sua posição de origem e teve uma atuação excelente, além de marcar um gol de cabeça (de nariz e olho).
Toninho Pirlo, soberano, como sempre com muita raça e qualidade, no primeiro tempo participou bastante das jogadas de ataque e no segundo tempo ficando mais para ajudar na marcação. Reponsável pelo cruzamento perfeito no primeiro tempo na cabeça do Bia.
Marcelinho da Guia, tem o espírito do Guinazu e por ter esta vontade acabou por correr o campo todo e tomando uma mijada do Norbert, teve cabeça pra receber as críticas e melhorar para o segundo tempo, com grande atuação. Fez um gol de rebote da falta que bati no primeiro tempo.
Rodrigo Carvalho, gordinho, lento e com dor na perta, mas com lapsos da antiguidade e boa participação na meia cancha.
João Kléber Gladiador, os zagueiros tentam e não conseguem derrubar ele, participou ativamente do jogo todo, teve dificuldades no primeiro tempo por tentar conduzir a bola, mas no segundo tempo corrigiu o posicionamento e a forma de jogar, marcou 2 gols e saiu ovacionado pela torcida.
Diego Luis Suárez, nitidamente mais magro também teve uma participação muito ativa durante o jogo, não marcou gols mas participou diretamente de todas as ofensivas do time e atormentou a zaga do adversário junto ao seu colega gladiador.
Luciano Rochemback, mostrou toda sua qualidade de trabalhador no meio do campo ajudando muito o time durante todo o tempo que ficou em campo, fechando a marcação e ajudando nos contra-ataques, pecou em alguns momentos nos passes e levou uma leve mijada do Norberto hehehe, tem que dar um desconto por causa do gramado e porque ele ainda está em fase de re-adaptação.
Rato, sem comentários sobre o jogo, entrou sem vontade e tomou uma baita mijada ao final do jogo, perguntou se poderia entrar na vaga do Cau, de volta ao time, está em fase de avaliação e sem dúvida somou pontos negativos para esta avaliação, se não mudar de postura certamente não será aceito na votação da diretoria.
Gols: Lucas, Marcelo, João (2)
Quórum: 12 atletas (46% do elenco), mais o Rato de convidado
_
Nenhum comentário:
Postar um comentário