O sábado 14/04 de 2012 começou como um verdadeiro dia seguinte de uma sexta-feir a 13. Para muitos a sexta-feira 13 é considerado um dia com tendências para coisas ruins, dia para se tomar cuidado. Dizem que a sexta-feira 13 é um dia pressagiador de infelicidades, da mesma forma que dizem que também pode ser considerada uma forma de encontrar culpados para os nossos insucessos ou fracassos, muitas vezes resultantes da nossa própria falta de esforço e dedicação.
Tudo indicava que a sexta 13 ganharia do PIFC, o jogo originalmente estava marcado para ocorrer as 11:30 no campo da Sogal, como podem ver o 13 já estava presente até mesmo no horário do jogo. A chuva, provavelmente ordenada pelo 13 ou até mesmo pelo espírito de Felipe o Belo, rei da França assassino dos cavaleiros Templários, tentou de todas as formas fazer com que o PIFC não tivesse a oportunidade de mostrar que o 13 na verdade seria inspiração para uma grande batalha.
Por total competência do nosso marcador de jogos, Danilo “Fat Joe” Dall’Agnol, conseguimos vencer a primeira batalha do sábado. Danilo conseguiu aos 45 minutos do segundo tempo marcar um jogo no campo do Veronese, campo que até então era considerado ruim e que motivou os jogadores do Parque somente pela grande fome de jogar bola no sábado. Chegamos ao local sem nem mesmo saber o nome do adversário, podemos considerar isso soberba? Falta de dedicação? Eu diria que não, credito isso à vontade de jogar independente do adversário. Outra surpresa foi a qualidade do campo, grama baixa, sem poças d’agua, permitindo a bola rolar com perfeição.
Vamos ao que interessa, o jogo. Iniciamos com Edo, Caduna, Sorondo, Dênis e Danilo. No meio Biasuz, Toni, Marcelinho e Rodrigo. No ataque Henrique e Fernandinho. Como suplentes ficaram Norbert, Philippi, Pedrinho, João, Ipatinga, Luciano e o convidado Marcelinho amigo do Toninho. Visualmente o adversário parecia ser de muita qualidade, o time praticamente todo só de gurizada, com somente dois veteranos, o lateral direito que provavelmente era um dos melhores do time e o goleiro que também surpreendentemente realizou algumas defesas difíceis.
Logo no começo do jogo o PIFC já mostrou a que veio, com um belo toque de bola, envolvendo o adversário e conseguindo algumas boas roubadas de bola. Numa jogada na direita do ataque, após algumas trocas de passe entre Caduna “Cicinho do São Paulo em 2005”, Marcelinho “Pulmão da amazônia”, Rodrigo “Estou emagrecendo” e Toninho “Pitbull”, a bola sobrou para Toninho que sem pedir excuse me ao goleiro bateu de fora da área e a bola tomou a direção do ângulo direito, o goalkeeper Walmor Chagas conseguiu buscar, porém deixando o rebote pro nosso eterno matador Henrique “homem gol” e a sua ótima capacidade de colocação na área, só teve o trabalho de empurrar para as redes. 1 a 0.
Após o primeiro gol começamos a receber algumas investidas do adversário, liderados principalmente pelo atleta Cachorrão, o maior azarado da história da várzea Canoense e também pelo camisa 18, jogador de qualidade. Do adversári o podemos ainda citar como expoente o centro avante, Adriano Imperador, mas agora já no Cúrintia, com aparente vigor físico, gente fina, porém sem futebol algum para apresentar.
O PIFC seguiu as investidas e num lançe muito curioso o nosso lateral Danilo “Corta Luz” foi bater uma bola de primeira e protagonizou um mustela que o Tadeu Schmidt adoraria reproduzir no Fantático. Nosso técnico interino Norbert “O pensador” Treis promoveu algumas mudanças táticas principalmente no meio campo, retirando o camisa 10 e colocando mais um volante. Algo que surtiu resultado num momento que o adversário estava crescendo na partida, Alexandre “Não gosto mais do meu apelido Ipatinga” deu um belo passe ao nosso novo showman Fernandinho que usou de toda sua categoria para driblar o goleiro e bater de direita. 2 a 0.
Foram promovidas também outras importantes mudanças no time, entraram Luciano “American Lover Boy”, Marcio “Sorondo Cubano”, Philippi “Rei do SG”, Pedro “Rei da Europa” e Norbert “Treinero” também entraram em campo. Neste momento é importante citar que todas alterações ocorreram com o cuidado de não desmantelar o time, quem entrou entrou no mesmo clima dos que estavam em campo, de dedicação, raça e toque de bola.
Neste momento do jogo o treinador do time adversário, abusando da sua bota sete léguas, veio até o nosso banco de reservas para desabafar quanto as qualidades do juiz, porém o próprio treinador adversário não conseguia se concentrar no jogo, pois precisava cuidar de seus cavalos cagões que estavam na beira do campo.
O PIFC voltou ao segundo tempo com mais algumas mudanças, o adversário tentou impor um ritmo nos primeiros minutos, porém novamente levou um balde d’agua de chuva, Pedra proveu um belo passe/lançamento, que segundo o Norberto foi um balão consciente e encontrou Fernandinho “Showman” livre na frente do goleiro, que conseguiu defender no primeiro momento, mas no rebote o próprio Showman jogou a moranga pra balançar o capim no fundo da rede de Walmor. 3 a 0.
As jogadas seguiam fluindo com naturalidade, os volantes Lucas “Meu bruxão” Biasuz, Lucífilis, Xandy e Tonibull seguiram fazendo um ótimo trabalho na frente da area, defendendo a zaga que também tinha grande atuação. Podemos dizer que praticamente não perdemos jogadas ou botes, atuação perfeita da volância, zaga, laterais e fechando com a cereja do bolo com o Edo “Pro” no gol fazendo seus tradicionais milagres.
A bola flutuava no gramado, o meio campo com grande qualidade no passe de Rodrigo “Esparadrapo” , Marcelinho “Ademir da Guia” e Marcelinho “Bruxo do Toni” fazia a bola chegar com naturalidade aos laterais de grande atuação no segundo tempo Caduna, Pedra e Philippi. Numa destas jogadas de ataque cavamos um escanteio e deste escanteio, segundo João “Damião” Grando, surgiu um dos gols mais inusitados da história da várzea Canoense, Marcelinho Biro no primeiro pau recebeu a bola no ar e de calcanhar encobriu o goleiro, um golaço. 4 a 0.
O domínio de jogo seguia e o adversário não conseguia parar a constante troca de passes e viradas de jogo promovidas pelos integrantes da meia cancha do PIFC, destas trocas de passe pela meia esquerda tivemos o retorno oficial do nosso Damião, do goleador isolado de 2011, João recebeu dentro da area, poderia ter rolado para tras onde R10 entraria livre para marcar, porém usou de toda sua categoria para cortar o zagueiro e guardar, mostrando que está totalmente recuperado de lesão. 5 a 0.
O time acabou relaxando um pouco e passou a permitir algumas investidas do adversário, numa falta pela esquerda de seu ataque o adversário chegou ao sucesso, devido as poças dentro da area o nosso goleiro Edo acabou escorregando e não conseguindo chegar na bola como gostaria, encostou nela mas não conseguiu evitar o gol. 5 a 1.
O revés não abalou o PIFC que continuou focado no jogo, que continuou sem brigas, sem discussões e sem gritarias dentro de campo, algo que todos concordam que é o nosso pior adversário e algo que não podemos mais tolerar dentro do time. Com isso o nosso craque Marcelinho se aproveitou de uma saida mal feita de bola do adversário no meio campo, driblou o zagueiro e partiu para cima do goleiro, que por sua vez também foi driblado, outro golaço do PIFC e do Marcelinho. 6 a 1.
O meia cancha de qualidade do adversário neste momento desfere as seguintes palavras “os caras estão ganhando de 6 a 1 e seguem jogando com MUITO mais vontade que nós” algo que deixou ainda mais claro que o maior adversário do PIFC é o próprio PIFC nos dias em que resolve não ter vontade ou nos dias que temos “xiliques”. Cachorrão não entrou no clima do camisa 18 e com toda sua raiva na beira do gramado dá um bico na bola pra longe, seus colegas reclamam informando que estão perdendo o jogo e Cachorrão novamente num momento de fúria exclama “estamos perdendo de 6 a 1, vocês acham que em 10 minutos vamos empatar ou virar o jogo???”.
Mal ele sabia que nestes 10 minutos o Parque ainda teria tempo de marcar mais 2 gols, novamente 2 belíssimos gols, o sétimo saiu dos pés do Lateral improvisado Philippi que em velocidade partiu da esquerda, driblou dois zagueiros e chutou cruzado do ângulo do Walmor Chagas, golaço e 7 a 1. O oitavo foi para fechar com chave de ouro, praticamente todo o time participou da troca de passes, a bola ia da esquerda para a direita, quando Henrique viu Rodrigo “Quase ex gordo” no meio e este caprichosamente enxergou Fernandinho “Mini Mim” entre 2 zagueiros, recebeu, fez a parede perfeita e bateu com a direita sem chances pro Walmor. 8 a 1. O adversário foi exemplar durante todo o jogo, perdeu de 8 a 1 sem dar um ponta pé sequer.
No sábado 14/04 o PIFC optou por interpretar da melhor forma possível as consequencias da sexta-feira 13, buscou em seu próprio esforço, dedicação e utilizando a superstição do dia anterior para alcançar um dos seus maiores sucessos em anos.
Texto de Rodrigo Dall’Agnol.
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